21 de março de 2013

A Mulher Pecadora que Ungiu os Pés de Jesus

                                 
A Mulher Pecadora que Ungiu os Pés de Jesus

A história da pecadora que ungiu os pés de Jesus com o puro nardo, um óleo perfumado de altíssimo valor, guardado em um vaso especial, o vaso de alabastro.

O vaso de alabastro era produzido com um tipo de pedra frágil, transparente, que pode ser facilmente polida ou esculpida. Ela era muito usada para substituir o vidro.

Os frascos com perfume de alabastro eram selados e descartáveis. Eram quebrados ao abrir e jogados fora quando ficavam vazios.

Simão o Fariseu, Jesus e a Pecadora

Jesus foi convidado por Simão, um fariseu, para comer em sua casa. Simão queria conhecer melhor a Jesus.

Queria ver de perto este personagem que sua fama se espalhava por onde passava. O Mestre arrastava multidões, onde quer que fosse. Quem sabe o fariseu não se sentiria atraído pela pregação de Jesus? É certo que ele queria observar as palavras de Jesus, mais de perto.

"E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa." Lucas 7:36

Jesus aceitou o convite e foi ter com ele. O Mestre que muitas vezes reprovou os fariseus, demonstrou não ter nenhum preconceito. As conversas de Jesus nestes tipos de encontro, eram extremamente edificantes. O Mestre em todos os lugares, estava em obediência à vontade do Pai, anunciando o evangelho.

 

E Jesus vinha de longas peregrinações pela palestina, estradas secas, pedregosas e empoeiradas. O Mestre entra na casa de Simão e é recebido com desconfiança e frieza.

Jesus toma o seu lugar à mesa. Eles ficavam meio sentados e meio encostados. As pernas e a parte inferior do corpo ficavam estendidas sobre um sofá, enquanto a parte superior do corpo ficava ligeiramente elevada e sustentada pelo cotovelo esquerdo, que repousava sobre um almofadão.

O braço direito e a mão direita ficavam livres para movimentar-se e pegar o alimento. A mesa era bastante baixa e próxima a cabeça. Os pés dos convidados ficavam fora dos sofás.

A Pecadora

E eis que de repente entra uma mulher na sala do banquete. Logo foi reconhecida por todos como uma pecadora que vivia na região. Uma mulher imoral. Aquela de quem as pessoas comentavam, cohichavam aos ouvidos quando se aproximava.

Era discriminada. Ninguém queria a sua compania ou amizade. Ninguém queria ser visto conversando com ela, muito menos teria coragem de tocá-la, "sob o risco de ser contagiado por seus pecados"! Era o pensamento religioso da época.

"E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento;" Lucas 7:37

A pecadora trazia um vaso de alabastro, com um bálsamo suave, que desejava ungir os santos pés de Jesus, que estavam descalços porque, segundo o costume oriental, as sandálias ficavam na entrada da casa.

A Pecadora Unge os Pés de Jesus

Ela, sem se importar com a reprovação dos olhares dos convidados, teve grande coragem e se aproxima de Jesus, na frente da multidão que conhecia as suas ofensas. E quando se prosta com o bálsamo puro nardo, se depara com os pés do salvador.

Jesus, pés descalços, pés empoeirados, cheios de marcas dos caminhos que passara. Quanta simplicidade! Ela não resistiu ver o Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, na apresentação de tão humilde servo. Um servo obediente, que estava ali sem reclamar da frieza com que fora recebido.

A pecadora imediatamente, tomada de grande emoção, não pôde se conter, num soluço, derrama lágrimas sobre os pés do mestre, com água que vinha de sua alma, os começa a lavar e os enxuga com seus cabelos.

"E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento." Lucas 7:38

Este choro é muito profundo! Há muita reflexão aqui. Há arrependimento de pecados. A Pecadora chorava e refletia suas ações passadas. Seu coração estava totalmente arrependido, quebrantado. Pensava em uma mudança interior. Estava disposta a uma nova prática de vida.

Assim a pecadora, beijava e ungia os pés do Mestre, em uma atitude de amor, na confissão da sua incapacidade de se autojustificar, mas crendo na justificação pela fé.

"Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora." Lucas 7:39

Logo o anfitrião, dono da casa, em um excesso de farisaísmo, começa a lançar dúvidas sobre a santidade de Jesus, pois se deixava ser tocado por uma pecadora, ainda que arrependida. O Mestre lê o seu pensamento e traz uma resposta que contrasta com a ação de humildade da pecadora.

"Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta." Lucas 7:41

"E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?" Lucas 7:42

Jesus com frequência comparava o pecado a uma dívida. Um denário equivalia à uma diária de um trabalhador braçal. Quinhentos denários correspondiam ao salário de um ano e meio.

A Mulher Pecadora Lava os Pés de Jesus com Lágrimas

A Mulher Pecadora: Todos Pecaram

O fato é que todos devem a Deus. Todos pecaram, todos estão em dívida e não têm como pagar. Assim, o que diferencia Simão o fariseu da pecadora que ungiu os pés de Jesus, são suas atitudes.

O procedimento de Simão o fariseu, foi dominado pela frieza e desconfiança, pois segundo os rituais da hospitalidade, à chegada dos convidados, um dos criados e, até o próprio dono, lavava e enxugava respeitosamente os pés, mal protegidos da poeira e barro dos caminhos, pelas simples sandálias que calçavam.

O anfitrião também recebia seus hóspedes com um beijo. E durante a refeição se derramava algumas gotas de óleo perfumado sobre a cabeça dos convidados.

"E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos." Lucas 7:44

"Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento." Lucas 7:45-46

Simão não cumpriu estes rituais com Jesus, manifestando seu caráter soberbo. Ele como os demais fariseus, não reconhecia os seus pecados, se achava santo, cheio da sua própria justiça. Pensava que não tinha motivo para ser perdoado.

Por isso, não manifestou obras de arrependimento. Sem arrependimento, seus pecados permaneciam.

Já a pecadora que ungiu os pés de Jesus, não se prendeu a teoria da lei, mas teve para com o Mestre uma atitude de amor. A pecadora reconhecia seus muitos pecados. E demonstrava o amor de quem alcançou um magnífico perdão.

"Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama." Lucas 7:47

Muito mais do que a Lei é o Amor. Simão não entendia que o amor supera em muito os pecados! E quem consegue entender a grandeza do perdão recebido, se entrega totalmente ao amor de Jesus.

Jesus nos passa um exemplo de humildade de beleza incomparável. Um Deus sublime, majestoso, porém humilde e acessível e que ama!

O fariseu pensava que servia a um Deus que abominava e afastava o pecador e não se importava com eles. Simão não sabia amar e perdoar.

Jesus porém conhecia a reputação da pecadora, todavia estava interessado em salvá-la por meio da graça. Ele não afasta o pecador arrependido, mas o transforma para fazer a sua obra.

O amor de Deus salva. O amor de Deus transforma e perdoa!

"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor." 1 Coríntios 13:13

18 de março de 2013

O GOLGOTA


 
O Gólgota - Em Rumo ao Calvário

O castigo da cruz era terrivelmente doloroso! Como nenhum órgão vital era atingido, o condenado morreria simplesmente pela dor e sufocação.
Dores inimagináveis passavam por seu corpo, devido aos ferimentos e a câimbras que traziam vigorosas contrações musculares. O crucificado não conseguia ficar quieto, e cada movimento trazia ainda mais tormentos.
A perda de sangue ocasionada pelo açoite, fazia com que a vítima sentisse uma sede intensa. Enxames de moscas e mosquitos se ajuntavam em torno das feridas. Já se podia ver abutres que começavam a voar próximo do local da crucificação. Quantos lamentos se ouviam! Gritos de dor, a morte seria uma libertação de tais sofrimentos.

O próprio condenado tinha de levar a sua cruz, para o local da crucificação, que ficava próximo a entrada das cidades, para que as pessoas que ali passassem, se atemorizassem com esse horrível exemplo.

Um castigo de tal ignomía, que era reservado somente aos escravos ou aos grandes criminosos.

A Cruz Era Pesada e Simão Cireneu Ajuda Jesus Carregá-la, para o Gólgota.
A Caminho do Gólgota
Dá-se início a um sombrio e triste cortejo. Seguia na frente o centurião encarregado da crucificação. Logo atrás dele, ia um mensageiro que proclamava o motivo da condenação.

Em seguida, esgotado pela falta de descanso, sem dormir, sem se alimentar, andando com muita dificuldade, com as emoções dilaceradas pela flagelação, tratado brutalmente, vinha o condenado, carregando a cruz pesada.

Estava cercado por quatro soldados, seriam os seus carrascos até que ele fosse tirado da cruz, morto. Atrás do Mestre, iam dois malfeitores, quem sabe eram dois revolucionários do bando de Barrabás.
Simão Cireneu
Simão era chamado Cireneu, porque era oriundo de Cirene, capital da Cirenaica, uma província localizada na costa leste da África. Cerca de um quarto da população de Cirene era judaica.

"E quando o iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus." Lucas 23:26

E quando a turba da crucificação saía pela porta da cidade, entrava Simão Cireneu. E os romanos o obrigaram a carregar a cruz de Cristo, pelo restante do percurso, até o calvário.

O Mestre estava fisicamente muito fraco àquela altura. A cruz era pesada! E pesava ainda mais do ponto de vista espiritual, pois representava os pecados da humanidade inteira!

Além de ficar conhecido através da história de Jesus, Simão certamente se tornou um cristão fervoroso. Marcos relata que Simão era pai de Alexandre e de Rufo, dando a entender que eles eram cristãos conhecidos. O apóstolo Paulo enviou uma saudação especial a um cristão chamado Rufo, que pode ter sido o mesmo filho de Simão (Rm 16:13).
As Mulheres de Jerusalém
Em cada lado das ruas estreitas, uma multidão ruidosa se apertava e seguia o pelotão de crucificação. Muitos lançavam sobre os condenados, injúrias e insultos.

Outros, amigos, pessoas que foram por Jesus curados, as mulheres em particular choravam, manifestavam publicamente com prantos e batidas no peito. A intensa paixão que provocava o homem de dores, fazia da turba barulhenta, um espetáculo de horror e morte.

Muitas almas sensíveis reconheciam que Jesus era muito mais que um simples crucificado. Aqueles que foram um dia conquistados pela sua pregação, por seus milagres e por sua bondade, choravam com um pranto profundo. Não entendiam porque ele se deixava ser maltratado daquela forma.

"E seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, as quais batiam nos peitos, e o lamentavam." Lucas 23:27

"Jesus, porém, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos." Lucas 23:28

"Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram! Então começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós, e aos outeiros: Cobri-nos. Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?" Lucas 23:29-31

Jesus não estava a rejeitar o afeto daquelas almas piedosas, mas já previa a destruição que sobreviria, quarenta anos depois, quando Jerusalém foi destruída pelos romanos.
O Gólgota
O Cortejo chega ao local da crucificação, o Gólgota, ou Calvário, segundo a tradição latina, que significa lugar da caveira. O Gólgota não era um monte, mas sim uma protuberância rochosa, um pequeno outeiro, que recebeu esse nome por causa da semelhança de sua forma com a de um crânio humano.

"E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda." Lucas 23:33
O Vinho Com Mirra
Havia um antigo costume, tolerado pelos romanos, de se oferecer, aos condenados à crucificação, uma taça cheia de vinho misturado com incenso e mirra. Essa mistura aromática tinha como propósito aliviar o sofrimento dos sentenciados, pois se tornava em substância bebida a Jesus, ele não quis bebê-la. Ele veio para salvar o mundo, através de seus sofrimentos, e escolheu narcótica.

Quando ofereceram esta suportar o suplício da cruz, sem nenhum tipo de alívio, enfrentando a morte em plena consciência.

LEMBRE-SE SEMPRE, OQUE JESUS FEZ POR VOCÊ , NINGUÉM  FARIA.