14 de fevereiro de 2013

A GLORIA DE DEUS



                                   

                           

"...glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo..." (João 17:5).

Ninguém pode definir glória, mais do que pode definir Deus. Glória é a plenitude de Deus, e é um assunto muito elevado para nossas mentes finitas. Contudo, conhecemos em parte.

Quando Deus dá Sua glória, dá a Si próprio. Ele não se divide em partes - ninguém recebe uma parte, mas tudo. Aquele que recebe o Seu amor, também ganha a Sua misericórdia, Sua santidade, e Sua força. Aquele que recebe a Sua misericórdia também ganha o Seu amor e tudo mais do que se constitui a plenitude de Deus.

Esta é a glória de Deus: o fato de Ele se dar em plenitude e nunca parcialmente. E os que buscam a glória de Deus, têm de entender que Deus verdadeiramente deseja dar-Se paranós, o que significa que deseja que gozemos plenitude.

Jesus, antes de deixar a terra para voltar a Seu Pai celestial, orou: "...glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo" (João 17:5).

Jesus não estava buscando mais poder, honra, força ou majestade! Ele desejava ardentemente o próprio Pai. Era como se orasse: "Meu Pai, não posso mais viver sem Tua intimidade. Anseio pela unicidade, pela proximidade! Que cesse a distância; que preenchas tudo"

Jesus estava no seio do Pai antes de existir o mundo. Era um com o Pai, e isso era glória. Era a união com Ele que constituía o deleite e a glória do Seu ser. Possuía INTIMIDADE, UNIÃO e UNICIDADE.

Sabemos tão pouco da Sua glória. Só raciocinamos em termos de força e esplendor cósmicos. Somos tão alienados em relação ao real significado da glória de Deus; nem mesmo compreendemos o que Jesus quis dizer ao declarar: "...neles, eu sou glorificado" (verso 10).

Você não sabia que Jesus Cristo é glorificado nos Seus santos - agora? Significa que Ele confirma que habita em nós em toda Sua plenitude divina. Não possuímos apenas uma fatia da Sua plenitude - somos completos nEle. Possuímos em nós tudo o que Ele é! Quando vem nos habitar, Ele vem em toda a Sua glória, Seu poder, majestade, santidade, graça e amor. Recebemos a glória de um Cristo pleno e completo. Um Senhor com todos os Seus tributos gloriosos.

Queremos a Sua Glória ?

Quantos dentre os filhos de Deus podem hoje orar como nosso Salvador orou? Será que sinceramente podemos clamar ao nosso bendito Deus; "Glorifica- me contigo! Leve-me à unicidade. Desejo ardentemente estar mais próximo, mais íntimo. Mestre: és Tu que eu desejo. Mais do que o amor, a misericórdia, o poder, sinais ou maravilhas - preciso ter a Tua glória. Preciso ter a Tua presença!"
A glória a respeito da qual Jesus fala tem a ver com um tipo muito íntimo de amor - um amor que não permite distância ou separação do objeto de afeição. Deseja unicidade completa, união eterna. Este amor divino entre o Senhor Jesus e o Pai era tão indispensável para Jesus, que Ele desejava ansiosamente a chegada do dia quando todos os Seus filhos pudessem contemplá-lo com seus próprios olhos.

Ouça o seu apelo emocionado: "Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo" (João 17:24).

Glória seja dada ao santo nome de Jesus Cristo por esse pensamento tão glorioso! Cristo está tão cheio de alegria com a glória de sua íntima relação com o Pai, que anseia levar todos os filhos de Deus para o céu para a contemplar.

Na verdade, o nosso Senhor estava orando assim: "Pai, é imperativo que eles vejam este amor glorioso que possuímos. É preciso que vejam por si mesmos o quão inteiramente Tu Te dás por Mim. Quero que saibam o quão intensamente sou amado - desde antes de o mundo ser criado". Não será tremendo quando nós, os remidos, formos levados ao grande banquete de Deus, à festa celestial, e nos for permitido contemplar o amor do Pai por seu querido Filho, nosso bendito Salvador? Vejo neste dia glorioso a resposta à prece de nosso Senhor, ao ver Seus filhos que Ele comprou pelo sangue, e alegremente proclamar: "Estão vendo, meus filhos? Não lhes disse a verdade? Vêem como Ele Me ama? Alguma vez vocês já viram tamanho grande amor? Isto não é verdadeiramente o perfeito amor? Vocês agora estão vendo a minha glória: o amor de meu Pai por Mim, e o meu amor por Ele."

Vocês não enxergam, santos de Deus, que a visão da glória de Cristo naquele dia será a revelação para nós do amor de Deus pelo Filho? Que alegria sabermos que servimos umSalvador que é amado. E não é aterrador contemplar que Lúcifer alijou a si próprio de tamanha glória? Ele está sem amor. Não tem pai. Certamente, esta foi a sua pior perda. A grande perda de todos os filhos de Satanás vem a ser existirem sem uma testificação ou um sentimento do amor de um Pai celestial.